sábado, 29 de maio de 2010

Comentário ao filme Os Condenados de Shawshank

Antes de analisar o impacto pessoal e social deste tipo de dominação, é importante fazer uma breve sinopse do filme. 

Em “ Os Condenados de Shawshank “ assistimos a uma história como tantas outras, feita de crime, violência, poder, corrupção, mas também, perseverança, determinação, esperança, amizade e inteligência. A história de Andy representa o que de mais sublime existe no ser humano, a capacidade de enfrentar as adversidades e, das experiências mais cruéis e desumanas, retirar a “lição“, a força, para seguir o trilho da esperança.

Andy, confrontado com a vivência numa prisão de alta segurança, sofreu humilhações, desconfiança, torturas, mas não se deixou vencer. Com inteligência, primeiro conformou-se às regras para depois inovar, pouco a pouco.

Bastante culto e educado, soube criar à sua volta um ambiente suficientemente próximo/idêntico àquele a que estava habituado fora da prisão. Usa os seus conhecimentos para tratar da biblioteca prisional e das declarações de impostos dos funcionários bem como do Director. Gradualmente, ganha a sua confiança sendo o seu “Director Financeiro“ em troca recebe alguns privilégios. Mas, acima de tudo, esta é a sua forma de lutar, ocupando o espírito e a mente e tendo sempre no horizonte a liberdade. Inteligentemente, cria à sua volta uma espécie de “ normalidade “ que o ajuda a viver preparando a sua fuga e vingança rumo à redenção.

Andy escolheu viver …

No estudo das relações de poder, Michel Crozier refere que “o poder de A sobre B corresponde à capacidade de A para obter que, na sua negociação com B, os termos de troca lhe sejam favoráveis “. Numa instituição totalitária como a prisão em que tudo parecia definido pelas rotinas e regulamentos (sem margem de incerteza como as organizações burocráticas), Andy consegue subverter as regras do jogo normais, usando as margens de incerteza que outros não controlavam (ver a cena da Varanda em que o Chefe dos Guardas fala do dinheiro que perde com os impostos). No seu dia-a-dia, nas relações sociais que estabelece com os seus pares (reclusos ) e com os superiores, Andy foi mostrando que controlava (sabia mais do que os outros) as “ zonas de incerteza“, zonas essas que, com os seus recursos culturais e pessoais, foram minando e mudando de uma forma subtil o status quo do poder instituído e, ao mesmo tempo, conferindo-lhe, cada vez maior poder.

* Revisto por José Pinheiro Neves em 9 de Junho de 2010.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Exemplo teste e de resposta a um teste sobre M. Crozier e R. Sainsaulieu

Exemplo de resposta:
http://organizacoestrabalho.blogspot.com/2007/05/blogue.html

Exemplo de teste:
http://neves.do.sapo.pt/orgtrabalho/testOrgTrab17jun08.pdf

Textos de apoio ao teste

1. A teoria do Poder em Crozier
Para apoio ao teste, devem consultar na Copyscan:
- o capítulo do livro de Gareth Morgan "Imagens da Organização" (capítulo sobre a metáfora da organização como sistema político).

Ver também o livro de Phillipe Bernoux "Sociologia das organizações" da RES editora (capítulo sobre a análise estratégica). Capítulo 6 - os três conceitos da análise estratégica. Esses conceitos serão usado no teste. Ver especialmente B. Os recursos do poder: constrangimento e legitimidade e B. As fontes de poder. pp. 155-161.

Ver também o caso nº 5  -  Bolet: Uma PME familiar em modernização - pp. 246-250 e 318-323


3. A teoria das culturas organizacionais de Sainsaulieu


Foi também entregue um exemplar do livro Sociologia das Organizações de P. Bernoux - deverão também ver o capítulo sobre Culturas organizacionais de Sainsaulieu e os textos:


- Renaud Sainsaulieu, FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS E PERSPECTIVAS PARA A GRH NA
EMPRESA 

http://www.cies.iscte.pt/destaques/documents/FUNDAMENTOSSOCIOLOGICOS.pdf








segunda-feira, 24 de maio de 2010

Caso prático de análise do poder a discutir na próxima aula de 27 de maio de 2010


Caso prático de análise do poder a discutir na próxima aula de 27 de maio de 2010 (aplicar a teoria de Michel Crozier)

“O caso Bolet - uma PME familiar em modernização”.

CASO PRÁTICO
Caso nº 1. O caso Bolet: uma PME familiar em modernização

O Sr. Bolet, dono da Sociedade Charicoup, está preocupado com as tensões que aparecem entre os contramestres e os quadros, que traduzem sem dúvida uma mutação da sociedade.
A Sociedade Charicoup é uma empresa familiar. O Sr. Bolet é o seu fundador; ele dirige-a juntamente com dois dos seus filhos. O João encarrega-se do desenvolvimento comercial e o André dirige a produção. Este último é engenheiro; entrou na empresa há cinco anos e foi ele que definiu e pôs em prática a estrutura actual (cf. organigrama).

A empresa produz material para serração: as vias de circulação que trazem os toros de madeira sob as serras e apresenta-as segundo um programa de corte. Um material resistente, relativamente preciso e automatizado; um material sujeito a tratamentos duros, utilizado pelos operários da serração que não se preocupam com o funcionamento da máquina.

A empresa conheceu uma expansão rápida. Fundada há uma quinzena de anos, passou de cerca de 20 a 200 pessoas.

A oficina mecânica prodruz peças mecânicas, trata-se da pequena secção de objectos de chapa batida. Duas oficinas de montagem montam as máquinas que, após a experimentação, serão desmontadas em subgrupos para a expedição. Nos clientes, a montagem será efectuada pelo serviço Montagem exterior. Este último faz também as reparações e a manutenção. A empresa procura estabelecer com os seus clientes contratos de manutenção para atenuar os efeitos das utilizações um pouco "selvagens" do material.

A célula Estudo responde às solicitações dos clientes transmitidas pelo serviço comercial. Todos os produtos são concebidos segundo um mesmo princípio; mas devem ser adaptados aos problemas particulares dos clientes. Esta célula foi criada pelo filho André. É composta por jovens engenheiros e técnicos.

Os contramestres saíram quase todos do grupo fundador da fábrica: "os primeiros companheiros", o "ponto de partida"... Escapam desta norma: o contra-mestre electricista, o contra-mestre de montagem exterior e um chefe da equipa de mecânica. O chefe da oficina também saiu deste grupo: foi promovido a quadro quando da chegada dos engenheiros da célula Estudo.

O director administrativo exerce a sua função há dois anos. Substituiu o primeiro contabilista da sociedade. Pôs em funcionamento um sistema de contabilidade industrial há um ano.

O pessoal operário comporta três níveis de antiguidade: mais de 10 anos, de 4 a 5 anos, de 2 a 3 anos. 

A empresa não conhece dificuldades de recrutamento. Está instalada a alguns quilómetros de uma vila de 20 000 habitantes que têm um colégio de ensino técnico e um centro de formação profissional acelerado.

As entrevistas feitas ao longo de um inquérito prévio deram a seguinte imagem da empresa:
- segundo os engenheiros e os técnicos, os contramestres estão ultrapassados: os prazos não são mais cumpridos. "É impossível ultrapassar um certo nivel de performance." "Era preciso montar uma célula Métodos e forçar o chefe da oficina a planificar o controle sobre os prazos." "A matriz de planeamento, aqui, é sagrada!"
- o chefe da oficina diz ter muitos problemas com os stocks, as expedições devido às solicitações das repartições. Ele fala dos "feitos" dos filhos Bolet, num sentido pejorativo.
- segundo os contramestres, os do "escritórios" (engenheiros) intervêm para desorganizar; é preciso, muitas vezes, parar o trabalho para fazer ensaios ou passar um teste mais importante. Todas as chamadas de atenção feitas pelos contramestres não são mais entendidas. "Era preciso que o Pai Bolet passasse mais vezes pelas oficinas" dizem estes trabalhadores repetidamente.
- a expansão da empresa coloca um problema de mão-de-obra. Os velhos companheiros queixam-se: "Contactamos com jovens que nunca puseram os pés numa oficina: é preciso ensinar-lhes tudo".

O director comercial chegou de uma viagem à Suécia onde conheceu um novo material de produção. Ele coloca a questão da introdução desta nova máquina na empresa:
- este material, pouco conhecido por enquanto, pode ser adoptado pelos concorrentes;
- trata-se de uma máquina cara implicando, portanto, um investimento importante;
- ela é muito mais eficaz que o material utilizado actualmente na empresa (melhor qualidade e quantidade claramente superior);
- a sua introdução obrigará alterar a produção (nomeadamente a preparação e a planificação, trabalho no posto, etc.).

QUESTÕES
Suponhamos que o director comercial, João Bolet, esteja convencido da necessidade de adquirir esta nova máquina, de a introduzir na empresa e de o fazer de uma maneira rápida.
- Na sua opinião, como é que ele vai proceder? Descreva concretamente as démarches que ele vai empreender.

Imagine-se a sua descida do avião chegando da Suécia.
- O que é que ele irá fazer?
- Quem procurará ele primeiro?
- E quem serão os seguintes?


In: BERNOUX Philippe (1989), A Sociologia das Organizações, Porto, Colecção Diagonal, Rés

Aplicações práticas da gestão pluralista dos conflitos (ex: conflitos nos casais)


As formas práticas da lógica pluralista na gestão dos relações de poder e da assertividade

Texto original do modelo de gestão dos conflitos de Thomas-Kilmann baseado na sociologia pluralista do poder:


Texto com o questionário e aplicação prática:


Outros

Aplicações práticas da gestão pluralista dos conflitos (conflitos nos casais)

Ver aqui a gestão de conflitos aplicada aos casais:


Ver analisar um perfil pessoal de gestão de conflitos. Trata-se de uma consulta particular em que se dá os resultados e se analisa o perfil de um determinado cliente:

Exemplo do trabalho prático na UC Tecnologia, Ciência e Inovação


Vejam, com atenção, o exemplo de um trabalho prático na UC Tecnologia, Ciência e Inovação:



http://actor-rede.wikispaces.com/


Nota: o trabalho apresenta algumas deficiências nomeadamente nas normas de citação. A estrutura também é diferente do vosso trabalho. Contudo, constitui um bom exemplo a seguirem.

Importante: estrutura do trabalho prático e normas de citação



1. Estrutura do trabalho prático


O dossier (portefólio) deve incidir APENAS em textos indicados por mim. Antes de começarem o trabalho, devem contactar-me por mail para receberem indicações dos textos que devem usar (ver as sugestões no blog: http://organizacoestrabalho.blogspot.com/2010/06/autores-e-temas-para-o-trabalho-pratico.html ). Pode ser apenas UM livro ou um texto desde que o texto ou livro tenham um número elevado de páginas.


Não se admite que num TRABALHO UNVERSITÁRIO se faça a recensão de um texto de 10 ou 15 páginas por 3 alunos. É uma questão de bom senso.


No mínimo, cada aluno deverá fazer uma recensão de um texto de cerca de 30 a 40 páginas. Ou de 2 a 3 pequenos textos com cerca de 10 páginas cada. Este é o mínimo. O que dará origem a uma avaliação minimamente positiva: atingiu os mínimos para completar os objectivos da UC.


Dividam o trabalho pelo grupo.


Não interessa a quantidade mas a QUALIDADE!


A mera cópia de textos (o famoso copy/past) a partir da internet não é considerado um trabalho e terá uma avaliação negativa.






2. Como citar?


Devem usar APENAS as normas APA no trabalho.


Ver aqui as normas:


http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/normasapa/conteudos.php?cat=1




Ver aqui em português:



NÃO ESQUECER


Sempre que copiarem um texto do autor, coloquem entre aspas: "o conceito de metacomunicação é importante" e façam uma citação abreviada  com indicação da página ou páginas (Bateson, 1978: 23).


No caso de usarem palavras vossas (cuidado em não deturparem o que diz o autor citado), devem referir a parte da obra que utilizaram (Bateson, 1978: 23-33)


Depois, deve aparecer na bibliografia essa obra citada. 




O não seguimento destas normas irá afectar negativamente a vossa avaliação.


3. Método


O texto do resumo (ou textos) deverá ser colocado no wikispace com a indicação dos autores ou, no caso de ser um texto colectivo, indicar os autores. Enviem-me a ligação do wikispace por mail (jpneves2007@gmail.com) com a indicação dos vossos nomes e números, disciplina, ano lectivo e título do trabalho.


Não se esqueçam de colocar uma breve biografia e bibliografia do autor escolhido (indiquem a fonte mesmo que seja da Wikipedia). Poderão indicar também vídeos ou outros materiais da internet.


4. Índice do trabalho


1. Introdução


O que vão fazer


2. Biografia e bibliografia do autor


3. Resumos do textos ou textos.


4. Conclusão


Apenas o resumo dos resumos em uma ou duas páginas no máximo.


5. Sugestões para futuros trabalhos


Esta parte é optativa. Que leituras deveriam fazer para entender melhor o tema.


6. Bibliografia usada no trabalho 


Devem seguir as normas APA:


http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/normasapa/conteudos.php?cat=1


Neste ponto, poderão também indicar filmes (os links) ou outro material audiovisual disponível sobre o tema.



domingo, 23 de maio de 2010

Instruções para o trabalho prático


O trabalho consiste na criação de um e-portfolio.


Temas: tópicos e autores do programa (ver lista).

Grupos com um número máximo de 3 elementos.


Para criar o e-portfolio, podem utilizar este site:
O e-portfolio permite o trabalho cooperativo em torno de um tema ou objectivo tal como acontece na Wikipedia. De certa forma, é uma Wikipedia em miniatura.

Vejam este exemplo de e-portfolio de uma turma de estudantes da Austrália:

Ver também um exemplo de um trabalho de grupo do curso de sociologia realizado no blogspot.com :



Instruções para criar o portfolio do trabalho prático

Devem ir a esta página e fazer a vossa inscrição.

Apenas um dos membros do grupo deve criar o e-portfolio wiki.

Os outros deverão aderir ao grupo.



No caso de ter alguma dúvida, contactar o docente nas aulas práticas ou excepcionalmente através do endereço (não se esqueçam da vossa identificação: nome, número, disciplina e curso):

Para verem as normas de citação e de resumo, consultar o livro de estilo da wikipedia:
"A redacção   clara, informativa eimparcial é sempre mais importante do que a apresentação e a forma. Não se requer que os autores sigam todas ou alguma destas regras: a graça da edição wiki é que não se requer perfeição. Os wikipedistas que fazem copy-edit vão se encaminhar a este manual e gradualmente serão feitas páginas que se ajustam a este guia, ou este guia será mudado para o mesmo efeito" in
"Conceber, criar e desenvolver um bom artigo são actividades que trazem uma grande satisfação, especialmente se o artigo vier a considerado um dosmelhores artigos da Wikipédia .
 Contudo, para que um artigo possa atingir um nível elevado é necessário muito trabalho.

O objectivo desta página é oferecer algumas ideias que podem ajudar a tornar mais fácil a escrita de um artigo de qualidade.

Uma entrevista interessante a Peter Kevin Spink em que se fala da escola sócio-técnica



"Leny – E a questão sociotécnica?
Peter – Quando eu cheguei aqui, eu comecei a me engajar com muitas questões de trabalho e empresas, porque foi um período de abertura, havia discussões sindicais, tinha possibilidades de mudança no ar, tinha um grau mínimo, muito pequeno, mas suficiente, de abertura para discutir questões empresariais. A saúde do trabalho foi um caminho possível e eu me engajei nesta briga porque pareceu que fazia sentido o fazer. A visão sociotécnica desenvolvida a partir dos estudos do Tavistock nas minas de carvão é o desmonte da idéia de que há uma maneira melhor de organizar o trabalho e que a organização do trabalho é determinada tecnologicamente; ou, simplificando mais ainda, é a negação da idéia de que a parte técnica do trabalho é neutra, independente e separada do social. Não, os dois andam juntos e se produzem conjuntamente. Claro que tem máquinas etc... mas essas máquinas são produzidas por pessoas e são “juntadas” por pessoas. E produtos são montados de acordo com certas lógicas que são feitas por pessoas – e isso é cheio de pressupostos sobre que tipo de posto de trabalho deve existir, sobre as competências das pessoas, sobre como elas devem ser supervisionadas ou como a autoridade deve ser exercida. Essa é um pouco a noção que está por trás do processo sociotécnico: não há uma melhor maneira para nada, simplesmente há opções e essas opções têm conseqüências; você tem que discutir e debater, pesar as opções e dar valor – quer dizer, avaliar – as conseqüências.
É importante dizer que essa visão mais crítica sobre a organização do trabalho sempre foi marginal em todo e qualquer lugar. Ela foi um pouco mais aceita em sua versão mais simplificada – em termos de grupos de trabalho, células, núcleos etc. – do que foi em sua versão mais ampla – que é muito mais a preocupação com a democracia no local de trabalho. Bem, neste período de abertura inicial, tinha pessoas como vocês na área de saúde no trabalho, tinha uma nova geração de engenheiros se formando na Poli, em torno de Afonso Fleury, também preocupada com estas questões. Mas eu sempre estava consciente de que esse tipo de convívio democrático sobre a forma através da qual se organiza o trabalho seria extremamente difícil de se construir numa situação em que nem os sindicatos foram reconhecidos como representantes legítimos dos trabalhadores e onde os trabalhadores foram marginalizados em relação à discussão sobre organização e trabalho. O trabalho sociotécnico mexe significativamente com estas questões, porque é um trabalho de análise e discussão entre todas as partes implicadas e não um exercício gerencial de construir melhores caminhos.
Leny – Essa noção de escolha organizacional...
Peter – Também mexe. Porque ela não permite que se trate o mundo como um problema técnico ou abstrato, mas que se reconheça os valores, as opções culturais, as competências e saberes. Estas idéias, hoje, são bastante esquecidas, mas não penso que isso é simplesmente um problema para a teoria sociotécnica. Tenho a impressão que muitas das teorias que estavam sendo trabalhadas na década de 50 e 60 ficaram meio jogadas para o lado por serem consideradas velhas. É interessante refletir que para a história das idéias, 40 anos é absolutamente nada. Sem dúvida, as idéias foram formuladas na linguagem de suas épocas – senão elas não seriam formuladas –, mas podem ser reformuladas na linguagem de nossa época. Há muito a ser retrabalhado... "

Peter Kevin Spink, "Entrevista: Peter Kevin Spink", in Cadernos de Psicologia Social do Trabalho. v.3-4 São Paulo Dez. 2001, pp. 77-97 [citado 20 Março 2009], Disponível na World Wide Web: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172001000100006&lng=pt&nrm=iso>.


ver aqui a entrevista completa:


Sugestões e indicação para o trabalho prático



Vejam aqui algumas sugestões:
 
 
 
 
Podem fazer acerca de autores ou conceitos (ver lista anterior)
 
Exemplo:
 
Teoria de Sainsaulieu sobre a cultura organizacional
 
A teoria do poder em Michel Crozier
 

 
Ver apenas os autores referidos nas aulas teóricas ou no programa.
 
 
Não se esqueçam de confirmar os autores ou conceitos com o docente antes de começarem o trabalho.

Exemplo de trabalho prático



Ver aqui um exemplo:


De notar que tem algumas deficiências ao nível da apresentação (página inicial). Falta igualmente uma breve biografia do autor.

Não esqueçam que podem incluiir este trabalho no vosso CV.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Aula de 20 de Maio de 2010 - Aula sobre a abordagem pluralista do poder nas organizações

Aula de 20 de Maio de 2010 -  Aula sobre a abordagem pluralista do poder nas organizações


http://neves.paginas.sapo.pt/OrgTrab08_09/aulaOrgtrab.Poder.Crozier27mar09.pdf

Textos de apoio
Para apoio, devem consultar na Copyscan o capítulo do livro de Gareth Morgan "Imagens da Organização" (capítulo sobre a organização como sistema político).

Ver também o livro de Phillipe Bernoux "Sociologia das organizações" da RES editora (capítulo sobre a análise estratégica).

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Autores e temas para o trabalho prático

Sugestões de autores e temas para o trabalho prático (devem confirmar obrigatoriamente enviando mail para o docente com o tema e composição do grupo)


Poderão também ser sugeridos outros textos disponíveis na Biblioteca




1 - A noção de sistema sócio-técnico no Instituto Tavistock: Erick L. Trist e Kenneth W. Bamforth


TristEric L. and Ken WBamforth. 1951. “Some Social and Psychological Consequences of the Longwall. Method of Coal-Getting.” Human Relations 4: 3-38


Uma versão reduzida:


http://www.moderntimesworkplace.com/archives/ericsess/sessvol2/Trist___Bamforth_1.pdf











Teoria Sócio-Técnica: resgatando o construto à luz da criticidade

SPINKPeter. A perdaredescoberta e transformação de uma tradição de trabalho: a teoria sociotécnica nos dias de hoje. Org. e Soc.-O&S, Salvador, v.10
(pedir-me por e-mail)


2 - A escola de Palo Alto e as teorias de Bateson na comunicação organizacional


Simão de Miranda, Comunicação, metacomunicação e autoestima infantil http://www.simaodemiranda.com.br/Artigo%20Comunicacao_CH259.pdf



4 - A teoria do poder de Michel Crozier


Morgan, Gareth, Imagens da Organização, São Paulo, Atlas, 1996. Ver aqui online. http://www.scribd.com/doc/21391757/Gareth-Morgan-Imagens-da-Organizacao
Ver o capítulo: a metáfora das organizações como sistemas políticos ( a visão do Poder)



EL ACTOR Y EL SISTEMA: Las restricciones de la acción colectiva
Michel Crozier y Erhard Friedberg http://www.rafaelcastellano.com.ar/Biblioteca/ARTICULOS/EL%20ACTOR%20Y%20EL%20SISTEMA.pdf


Estudos empíricos:
José Alonzo Sahui Maldonado, APLICACIÓN DEL MODELO DE ANÁLISIS ESTRATÉGICO DE MICHEL CROZIER Y ERHARD FRIEDBERG A UNA ORGANIZACIÓN DE EDUCACIÓN SUPERIOR (OES) http://www.colparmex.org/Revista/Art10/43.pdf


5 - As culturas organizacionais em Renaud Sainsaulieu


Renaud Sainsaulieu, FUN DAMEN TOS SOCIOLÓGICOS E PERSPECTIVAS PARA A GRH A
EMPRESA 
http://www.cies.iscte.pt/destaques/documents/FUNDAMENTOSSOCIOLOGICOS.pdf




Renaud Sainsaulieu, "Fondements Sociologiques et Perspectives pour la Gestion
des Ressources Humaines en Entreprise"
http://pascal.iseg.utl.pt/~socius/publicacoes/wp/wp931.pdf




L'IDENTITÉ EN ENTREPRISE, Renaud SAINSAULIEU
http://www.u-picardie.fr/labo/curapp/revues/root/33/renaud_sainsaulieu.pdf_4a07eb7dd0b70/renaud_sainsaulieu.pdf


Morgan, Gareth, Imagens da Organização, São Paulo, Atlas, 1996. Ver aqui online. http://www.scribd.com/doc/21391757/Gareth-Morgan-Imagens-da-Organizacao
Ver o capítulo: metáfora das organizações como cultura



Aviso final

No trabalho prático tenham o cuidado de seguir 
 rigorosamente as normas APA de citação e de bibliografia.


Prazos do teste e T.P.

Teste - 17 de Junho de 2010

Entrega de trabalho prático - 24 de Junho de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lemos muito, mas aprendemos pouco

Lemos muito, mas aprendemos pouco


"Para que possamos entender melhor a questão do excesso de informação vamos verificar um exemplo prático e real. Se um estudante universitário que sabe ler apenas em português e inglês, resolve realizar uma pesquisa aprofundada sobre o tema crianças hiperativas, irá deparar-se com a seguinte quantidade de informações: - 178.820 páginas na Internet (até 30 de julho de 2003);- 6.884 artigos científicos publicados nas revistas da área da saúde nos últimos 12 anos;.- 4.748 artigos científicos publicados em revistas da área de educação nos últimos 10 anos;.- 1.387 artigos e matérias de jornais e revistas informativas (só em português), publicados nos últimos cinco anos;.- 557 livros (sendo 32 em português e o restante em inglês). Mediante estes números, não é preciso muito esforço para perceber que, se o estudante não estiver preparado para o trato com a informação, tenderá a ficar extremamente ansioso, sem saber por onde começar seu trabalho".


."A busca, seleção e leitura de informações deve ser precedida pelo estabelecimento de objetivos bem definidos. Ou seja, antes de ler qualquer coisa você deve responder as seguintes perguntas:
.
- Por que eu estou lendo este texto?
.
- Para que servirão estas informações?
.
- Qual o significado dessas informações no meu contexto de vida ou profissional?
.
- Como e com o que posso associar estas informações de forma a compreendê-las com mais profundidade?
.
- Como posso dar aplicabilidade prática a estas informações?
.
No mínimo, as respostas a essas perguntas nos ajudariam a organizar nosso tempo e nosso processo de aprendizagem. Mas também poderá ajudar a dar a noção de sentido e prioridade ao que fazemos, de forma que, certamente, passaremos a rever a quantidade e a qualidade das informações que processamos.
.
A leitura de qualquer tipo de informação deve ser sucedida por um período de reflexão quanto ao significado do material lido. 
.
O processo de reflexão exige análise, associação, contextualização e síntese, de forma que ele pode proporcionar não só a criação de conhecimento original, como também auxilia o processo de fixação mnemônica do conteúdo. 
.
Sem isso, teremos a sensação de estarmos “absorvendo” muito, mas, na verdade, estaremos aprendendo pouco".




Ryon Braga, "O Excesso de Informação - A Neurose do Século 21", Disponível em: http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?cmm=21736&tid=5446877722516337812&na=3&nst=11&nid=21736-5446877722516337812-5446879655251621012 [28 de Abril de 2010]