domingo, 21 de novembro de 2010

O que é Ciência?

O que é a CIÊNCIA?

Para entender a definição de um termo, procurámos, por norma, o dicionário. Este foi o meu procedimento e, para tal, procurei o significado da palavra num dicionário de língua portuguesa. Encontrei a definição de ciência como sendo a “soma ou conjunto de conhecimentos que se possuem sobre variados objectos; instrumentos, erudição; C. exactas as que somente admitem princípios, consequências e factos rigorosamente demonstráveis” para além da especificidade na definição Ciências Exactas, também havia para as Ciências: Infusa, Naturais e Ocultas.
Apesar de me remeter para a definição de ciência, na perspectiva Kuhn, como a actividade humana que produz conhecimentos, julguei pertinente a não inclusão naquele dicionário da definição de Ciências Sociais.
Este facto deixou-me decepcionada e é fácil de perceber o porquê. Alguém que estude uma Ciência Social não encontre a sua definição num dicionário de língua portuguesa. O que me leva desde logo a questionar se os esforços feitos pelos precursores da Sociologia foram os suficientes para a completa definição de “CIÊNCIA”.
Tentando abater este estado de decepção consultei o Dicionário de Sociologia e a citação de Edgar Morin “A ciência é igualmente complexa porque inseparável do seu contexto histórico-social. A ciência moderna conseguiu apenas emergir na efervescência cultural do Renascimento e desde então associa-se progressivamente à tecnocientífica e introduzindo-se progressivamente no seio das universidades, das sociedades, das empresas, dos Estados, transformando-os e deixando-se transformar, por sua vez, pelo que transformava…A sua realidade é multidimensional. Assim, a ciência é intrínseca, histórica, sociologia e eticamente complexa. É de esperar que as transformações que começaram a fazer ruir a concepção clássica de ciência vão continuar a sofrer uma verdadeira metamorfose.”
Esta introdução progressiva, nomeadamente no seio das universidades, considero-a lenta. No senso comum, ciência, está associada a laboratório, muitos frascos de vidro e à bata branca do cientista. Para fundamentar esta minha opinião lembrei-me de ter lido no Jornal Académico – Jornal Oficial da AAUM de 26 de Outubro 2010 - que a Universidade de Aveiro está entre as melhores do mundo em produção científica. Distinção que nos deve deixar naturalmente satisfeitos e orgulhosos. Não tão satisfeitos e orgulhosos ficamos, quando, ao ler o artigo nos apercebemos que as áreas consideradas para este ranking mundial se cingem às das Engenharia e Tecnologia, Agricultura e Ciências do Ambiente.
Produção científica? Ranking Mundial? Estas duas questões remetem-me para a definição de Ciência nos dias ditos modernos.
A afirmação das Ciências Sociais continua sem ter lugar sólido, consistente na nossa comunidade global.
Francis Bancon não se equivocou quando afirmou que a quarta causa - a causa final - é a mais complicada, temos nós, cientistas e futuros cientistas da área social que dar um impulso para que a definição de ciência, mesmo no dicionário de língua portuguesa contenha a especificidade da definição das Ciências Sociais.


Emília Flambó - UC TCI A50465

domingo, 18 de julho de 2010

Avaliações do exame da época de recurso (12 de Julho de 2010)

Avaliações do exame da época de recurso (12 de Julho de 2010)

Alice Alves - Reprovada
Emanuel José Duarte - Rep.
Joana Catarina Carvalho - 12 (doze)
João Manuel Carvalho - 18 (dezoito)
João Paulo Cardoso - 16 (dezasseis)
Marco António Pacheco - Rep.
Maria de Fátima Macedo Dias - Rep.
Paulo Jorge Fernandes - Rep.
Pedro Manuel Neves - Rep.
Raquel Morais Mendonça - Rep.
Rita Soraia Alves - Rep.
Sara Maria Vieira - Rep.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Estrutura do exame do dia 7 ou dia 12 de Julho


Aviso


Poderão fazer também a 2ª chamada no dia 12 de Julho, se assim o entenderem. Dou a possibilidade de consultarem o enunciado do exame, no dia 7 de Julho, e depois decidirem se fazem a 1ª ou a 2ª chamada.

Estrutura do exame

O teste terá a mesma estrutura dos testes anteriores sendo igualmente de consulta com 4 questões (dimensão máxima das respostas ao exame: cerca de 4 páginas). As questões terão em conta um caso prático que o aluno deverá analisar (poderá ser um filme ou uma investigação).

Temáticas para o exame

1 .A teoria de F. W. Taylor: as razões do sucesso da sua proposta. Críticas.

Objectivo: conhecer as bases da organização taylorista.

Ver capítulo sobre a metáfora da máquina no estudo organizacional: Morgan, Imagens da Organização.

2. As relações humanas: a investigação de Hawthorne; aspectos em que criticou o taylorismo e os limites da teoria das relações humanas.

Consultar o livro de P. Bernoux, Sociologia das Organizações

3. A escola sócio-técnica: como surgiu ( o estudo das minas de carvão nos anos 40; a importância da psicanálise e dos aspectos não-lógicos e a crítica ao taylorismo; a importância da afectividade e da pertença ao grupo; os grupos semi-autónomos) e as diferenças em relação ao taylorismo e à escola das relações humanas (E. Mayo).

4. A análise estratégica de Crozier: como surgiu a sua análise estratégica - a burocracia moderna; a noção relacional de poder (crítica da visão substantiva: defende que o poder não é uma coisa que se possui); os recursos (coerção/legitimidade - Max Weber) e fontes do poder; a importância da margem de incerteza no "jogo" do quotidiano organizacional; porque a noção de sistema concreto de acção é tão importante (o sistema é construído pelos actores  nos jogos quotidianos em torno de algo em aberto).

Consultar o livro de P. Bernoux, Sociologia das Organizações

5. A análise culturalista de Sainsaulieu: o que a diferencia do funcionalismo de T. Parsons e da teoria do poder de M. Crozier; a questão da construção quotidiana de diferentes identidades na organização; as características das diferentes subculturas.
Consultar o livro de P. Bernoux, Sociologia das Organizações


pp. 15 a 19


Resultados da avaliação

Ver aqui:


http://configuracoes.no.sapo.pt/AvFinalOrgTrab05Julho2010FIM.pdf


Como as avaliações finais apenas foram publicadas hoje, para além do exame no dia 7 de Julho (3.304 - 9.30h) já marcado, haverá uma 2ª chamada no dia 12 de Julho (2ª feira) na mesma sala e hora do exame  da UC Trabalho e Culturas Profissionais - sala 3.301 - 9.30h


Organizações e Trabalho - Opção 1ª chamada
7/Jul
09H30
manhã
3304



Organizações e Trabalho - Opção 2ª chamada
12/Jul
09H30
manhã
3301

quinta-feira, 1 de julho de 2010

2ª chamada do exame de recurso - dia 12 de Julho 2010

Como as avaliações finais apenas serão publicadas neste blog até ao próximo 4 de Julho de 2010 (domingo), para além do exame no dia 7 de Julho (3.304 - 9.30h) já marcado, haverá uma 2ª chamada no dia 12 de Julho (2ª feira) na mesma sala e hora do exame  da UC Trabalho e Culturas Profissionais - sala 3.301 - 9.30h



Organizações e Trabalho - Opção 1ª chamada7/Jul09H30manhã3304




Organizações e Trabalho - Opção 2ª chamada12/Jul09H30manhã3301

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Comunicação sobre o assédio moral nas organização

Comunicação de Ana Lúcia João


"Repercussões do Mobbing/Assédio moral no bem-estar do trabalhador" 



Ver aqui:




na Conferência e aula aberta: "Psicopatas no local de trabalho? O assédio moral nas organizações", 22 de Junho 2010, Universidade do Minho


Organização: 


Departamento de Sociologia da Universidade do Minho
UC "Trabalho e Culturas Profissionais" do Curso de Sociologia
NECSUM - Núcleo de Estudantes do Curso de Sociologia da Universidade do Minho




sexta-feira, 18 de junho de 2010

Muito importante: estrutura do trabalho prático e normas de citação ( a ler novamente com atenção)

Organizações e trabalho: Importante: estrutura do trabalho prático e normas de citação

Trabalho e Culturas Profissionais: Assédio Moral no trabalho - uma reportagem na RTP

Trabalho e Culturas Profissionais: Assedio Moral no trabalho - uma reportagem na RTP

"Psicopatas no local de trabalho? O assédio moral nas organizações"

Conferência e aula aberta: "Psicopatas no local de trabalho? O assédio moral nas organizações"


Data: 3ª Feira, 22 de Junho 2010
Hora: 15h-17h
Local: Sala 301 Complexo Pedagógico 3 - Campus de Gualtar, Universidade do Minho, Braga, Portugal





- Projecção de um pequeno filme sobre "Mobbing"

- "Repercussões do Mobbing/Assédio moral no bem-estar do trabalhador" Ana Lúcia João

- "O assédio moral no trabalho: uma perspectiva feminista"
Joana Oliveira

- "O assédio moral como comunicação patológica: o contributo de Gregory Bateson"
Luzia Pinheiro e José Pinheiro Neves



Moderador: Joel Felizes - Director do Curso de Sociologia

Organização:
Departamento de Sociologia da Universidade do Minho
UC "Trabalho e Culturas Profissionais" do Curso de Sociologia
NECSUM - Núcleo de Estudantes do Curso de Sociologia da Universidade do Minho

Alargamento extraordinário do prazo de envio do Trab. Prático - 26 de Junho (12h).








Alargamento extraordinário do prazo limite de envio do Trab. Prático - Sábado, 26 de Junho (12h).

Tendo em conta alguns pedidos, poderão excepcionalmente enviar o trabalho prático até às 12h (meio dia) do dia 26 de Junho de 2010

Quem não entregar neste prazo terá uma sanção de 1 valor por dia de atraso (exemplo: quem enviar no dia 27 de Junho após as 12h terá menos 2 valores na sua avaliação do TP). Não se aceitam trabalhos com mais de 3 dias de atraso.


Volto a relembrar que devem ter muito cuidado com a apresentação formal. Devem seguir as normas APA que estão neste site:



2ª Chamada do teste - 23 de Junho

A 2ª chamada extraordinária do teste decorrerá no dia 23 de Junho, 4ª Feira na sala 3 205, das 10.00 às 12h. 

sábado, 12 de junho de 2010

"Gestão de Conflitos" de Idalberto Chiavenato

"As pessoas nunca têm objectivos e interesses idênticos.As diferenças de objectivos e interesses pessoais sempre produzem alguma espécie de conflito. O conflito é inerente à vida de cada indivíduo e faz parte inevitável da natureza humana. Constitui o lado oposto da cooperação e da colaboração.A palavra conflito está ligada ao desacordo, discórdia, divergência, dissonância, controvérsia ou antagonismo. Para que haja conflito, além da diferença de objectivos e interesses, deve haver necessariamente uma interferência deliberada de uma das partes - seja o indivíduo seja o grupo - tenta alcançar seus próprios objectivos interligados com outra parte, a qual interfere na sua busca de atingir os objectivos. A interferência pode ser ativa (mediante ação para provocar obstáculos, bloqueios ou impedimentos) ou passiva (mediante omissão). Assim, o conflito é muito mais do que um simples desacordo ou divergência: constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objectivos, O conflito pode ocorrer no contexto de relacionamento entre duas ou mais partes: pode ocorrer entre pessoas ou entre grupos e organizações. Também pode ocorrer entre mais de duas partes ao mesmo tempo."
in Idalberto Chiavenato, (2005). Gestão de pessoas. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Autores e temas para o trabalho prático

Sugestões de autores e temas para o trabalho prático

(devem confirmar obrigatoriamente enviando mail para o docente com o tema e composição do grupo)

Poderão também ser sugeridos outros textos disponíveis na Biblioteca.


1 - A escola sócio-técnica

A noção de sistema sócio-técnico no Instituto Tavistock: Erick L. Trist e Kenneth W. Bamforth
TristEric L. and Ken WBamforth. 1951. “Some Social and Psychological Consequences of the Longwall. Method of Coal-Getting.” Human Relations 4: 3-38
Uma versão reduzida:














Teoria Sócio-Técnica: resgatando o construto à luz da criticidade

SPINKPeter. A perdaredescoberta e transformação de uma tradição de trabalho: a teoria sociotécnica nos dias de hoje. Org. e Soc.-O&S, Salvador, v.10
(pedir-me por e-mail)









Entrevista: Peter Kevin Spink (retirar partes sobre a história do Inst. Tavistock)




John B. P. Shaffer e M. David Galinsky, "O Modelo Tavistock de Trabalho com Grupos"

Útil para quem deseje ver como se trabalha como consultor nesta área:

"O modelo Tavistock (...) reflete uma mistura única de conceitos derivados da psicanálise e da teoria de campo lewiniana. No entanto, não é um modelo de psicoterapia e em vez disso é voltado para pessoas relativamente saudáveis que desejam aprender mais sobre a dinâmica de grupo, especialmente porque envolvem problema de liderança dentro das organizações burocráticas."
"A suposição do modelo Tavistock é que a aprendizagem é maximizada num ambiente ascético em que as necessidades de aprovação e de estrutura são negadas, fazendo com que fantasias e afetos poderosos sejam mobilizados. As distorções são trazidas à tona pelo comportamento não autoritário do consultor, os sentimentos se tornam menos temíveis porque são expressos e aceitos abertamente e os membros são apresentados a um modelo de liderança que evita a onipotência em favor de uma capacidade mais limitada, mas mesmo assim útil para observar e analisar as possibilidades".

Outros textos sobre o Tavistock Institute no site do Instituto Mexicano de Relaciones Grupales y Organizacionales. 

Los artículos y libros que presentamos aquí intentan examinar tres temas importantes: La vida que experimentamos dentro de las organizaciones actuales (es decir, posmodernas). La naturaleza de nuestra participación como líderes y seguidores y la función del directivo o la directiva en estas organizaciones, y El método Tavistock, que permite el estudio experimental o vivencial de las dinámicas del liderazgo y del ejercicio de la autoridad en el ambiente social y laboral de los diversos sistemas sociales en que nos movimos.

Porque tenemos que manejar en un nivel personal las fronteras de muchas organizaciones laborales, sociales y políticas, los siguientes artículos se dirigen a profundizar una comprensión de nuestra experiencia cotidiana, para así facilitar el manejo responsable de la autoridad personal, laboral y de rol. Estos artículos están relacionados con la práctica y la teoría del método Tavistock, que más bien que un método rígido, es un punto de vista acerca de la experiencia social.  Este punto de vista se utiliza para intentar comprender las organizaciones, las relaciones intergrupales y el concepto de roles, tareas y fronteras en el funcionamiento de sistemas organizados y dirigidos:






2 - A escola de Palo Alto e as teorias de Bateson na comunicação organizacional

Simão de Miranda, Comunicação, metacomunicação e autoestima infantil http://www.simaodemiranda.com.br/Artigo%20Comunicacao_CH259.pdf







Denise Shomaly, "Cuando se expresa el alma" in

http://www.luisemiliorecabarren.cl/files/Cuando%20se%20expresa.pdf







Ciro Marcondes Filho, "O silêncio na sala: sobre o declínio da comunicação na vivência conjugal" in
http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc/article/viewFile/91/89



Escola de Palo Alto

"O objetivo do texto é fazer uma reflexão sobre o conceito de comunicação proposto pelos estudos da Escola de Palo Alto, fundada em 1942, nos Estados Unidos."

htttp://www.unifra.br/professores/maicon/Escola%20de%20Palo%20Alto.doc


“É impossível não comunicar”: reflexões 
sobre os fundamentos de uma nova


comunicação" 
Viviane Borelli



4 - A teoria do poder de Michel Crozier


Morgan, Gareth, Imagens da Organização, São Paulo, Atlas, 1996. Ver aqui online. http://www.scribd.com/doc/21391757/Gareth-Morgan-Imagens-da-Organizacao

Ver o capítulo: a metáfora das organizações como sistemas políticos ( a visão do Poder)


EL ACTOR Y EL SISTEMA: Las restricciones de la acción colectiva

Estudos empíricos:
José Alonzo Sahui Maldonado, APLICACIÓN DEL MODELO DE ANÁLISIS ESTRATÉGICO DE MICHEL CROZIER Y ERHARD FRIEDBERG A UNA ORGANIZACIÓN DE EDUCACIÓN SUPERIOR (OES) http://www.colparmex.org/Revista/Art10/43.pdf



HÉLIO BATISTA e ISABELLA FREITAS GOUVEIA DE VASCONCELOS, "BUROCRACIA E PODER: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE CRÉDITO AO CONSUMIDOR DO ESTADO DE SÃO PAULO" in


http://portal.uninove.br/marketing/cope/pdfs_revistas/cadernos_posgraduacao/cadernos_v1/cdpv1_adm_heliobatista_isabellafreitas.pdf

5 - As culturas organizacionais em Renaud Sainsaulieu

Renaud Sainsaulieu, FUN DAMEN TOS SOCIOLÓGICOS E PERSPECTIVAS PARA A GRH A
EMPRESA 


Renaud Sainsaulieu, "Fondements Sociologiques et Perspectives pour la Gestion
des Ressources Humaines en Entreprise"


L'IDENTITÉ EN ENTREPRISE, Renaud SAINSAULIEU


Morgan, Gareth, Imagens da Organização, São Paulo, Atlas, 1996. Ver aqui online. http://www.scribd.com/doc/21391757/Gareth-Morgan-Imagens-da-Organizacao

Ver o capítulo: metáfora das organizações como cultura


Aviso final



No trabalho prático tenham o cuidado de seguir  rigorosamente as normas APA de citação e de bibliografia.