sexta-feira, 29 de maio de 2009

Solução do caso prático nº 1 (livro Bernoux) A travagem (resistência) dos operários

QUESTÃO POSSÌVEL DO TESTE DE JUNHO DE 2009

Tendo em conta o texto de P. Bernoux, (solução do caso nº1 - Resistência dos Operários), imagine que F. W. Taylor foi convidado para interpretar o resultado do estudo quantitativo.Qual seria a sua interpretação? Justifique tendo em conta a investigação sociológica pouco estruturada (e um pouco ingénua) que o próprio Taylor desenvolveu baseado na sua experiência profissional.

E no caso da equipa de Elton Mayo? Justifique tendo em conta também os dados da investigação sistemática realizada em Hawthorne, EUA, dos anos 20 a 40 do séc. XX.

Sugestão de resposta à questão dos alunos ERASMUS:

"Se o Taylor fosse convidado para analisar a situação desta empresa, a sua abordagem seria baseada na teoria da relação lucro-cansaço e numa visão individualista da empresa/organização. Isto é, ele diria que a única motivação que leva os operários a trabalhar é o lucro, pois quanto maior, maior será também a aplicação deles no trabalho. Mais, ele acrescentaria que a diminuição de produtividade acima dum certo nível explica-se com o cansaço, ou seja, a produção dos operários começa diminuir por causa da fadiga deles. Nesta visão taylorista, o operário é visto quase como se fosse uma máquina, e um indivíduo isolado, sendo completamente ignoradas as relações de grupo e as com o ambiente. Finalmente, Taylor concluiria que a situação actual seria em grande parte responsabilidade da chefia, incapaz de encontrar o One Best Way por ele teorizado e deixando assim os operários livres na gestão do tempo deles.


Comentário do professor: deve distinguir entre o que diria Taylor e o que dizem os tayloristas (neste caso os engenheiros desta fábrica, nos anos 50 do século XX).

Do outro lado, Mayo utilizaria uma abordagem bem diferente. O seu ponto de partida seria o clima de trabalho, evidentemente não bom, que precisaria de maior comunicação entre operários e chefia, possivelmente encontrando outro sistema de intermediação entre os dois, que não fosse o observador/controlador do trabalho dos operários. Em geral, Mayo falaria muito mais da importância das dinâmicas de grupo e das normas não escritas: os operários deixariam de ser vistos como máquinas e seria sublinhada a importância dos seus comportamentos como grupo. Nesta óptica, o bloqueio da produção num certo nível não seria explicado mais com o cansaço, mas como uma escolha bem definida pelo grupo de operários: uma autolimitação da produção para evitar o facto da chefia poder aumentar a fasquia mínima. Estes aspectos comportamentais dos operários não são, nem podiam ser, incluídos nas teorias meramente quantitativas, individualistas e economicistas do Taylor.


Comentário do professor: falta talvez comparar, muito rapidamente, este estudo com o que foi feito pela equipa de Elton Mayo em Hawthorne nos anos 20 e 30. Não se esqueçam que avaliação da UC se trata de um teste de consulta livre.


Federico Alagna e Filippo (alunos ERASMUS do curso de Sociologia, Univ. Minho, 2008/09).


terça-feira, 19 de maio de 2009

Aula sobre a visão pluralista do Poder nas organizações - Análise estratégica

Ver aqui a aula de 31 de Março de 2009 em complemento aos textos indicados anteriormente.

A visão pluralista do poder. Análise estratégica do poder de Michel Crozier.


http://neves.paginas.sapo.pt/OrgTrab08_09/aulaOrgtrab.Poder.Crozier27mar09.pdf

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Teste final a 16 de Junho de 2009 - confirmado pela vossa delegada

Teste final na 3ª feira, 16 de Junho de 2009 na sala 3.304 das 18h às 20h com 30 min. de tolerância.


Data aprovada pela vossa delegada.



Conteúdo do teste

Será baseado no caso prático MULTICOM (ver livro de Morgan, As imagens da organização)
Serão feitas perguntas de análise do caso a partir de 5 perspectivas:

- Taylor (Metáfora da máquina)

- Elton Mayo (organismo)

- Sócio-técnica (organismo)

- análise estratégica de Michel Crozier (sistema político ou poder)

- análise culturalista de Renaud Sainsaulieu (cultura).

Ver o exemplo do estudo do caso Bolet sobre a análise estratégica (ver o livro Sociologia das organizações - P. Bernoux) dado nas aulas práticas de 18 e 19 de Maio.

Ver o exemplo do estudo do caso dos emigrantes sobre a análise culturalista de Sainsaulieu (ver o livro Sociologia das organizações - P. Bernoux) dado nas aulas práticas de 25 e 26 de Maio.

As aulas de 1, 2, 8 e 9 Junho serão dedicadas ao estudo de casos práticos de preparação para o teste. Outras aulas terão convidados que falarão de casos práticos de consultoria nas organizações em várias áreas da inovação.

A aula de 15 de Junho será para esclarecimento de dúvidas para o teste.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Textos de apoio das aulas de Maio de 2009

Aula de 27 de Abril - Discussão do filme "Terapia de Choque" - a questão do Poder.

Aula de 28 de Abril - ´Discussão dos textos enviados pelos alunos. Aplicação dos conceitos da análise estratégica.

Texto de apoio: ( a colocar em breve)



Aula de 4 de Maio - A experiência de um sociólogo na área da formação e gestão de recursos humanos - Pedro Costa.


Texto de apoio:


http://neves.paginas.sapo.pt/OrgTrab08_09/Aula_abOrgTrabPcostaMaio2009.pdf

Aula de 5 de Maio - A perspectiva cultural de Renaud Sainsaulieu. As diferentes subculturas nas organizações.

Texto de apoio:

http://neves.do.sapo.pt/Org_Trab08_09/aulaOrgTrabCulturaMorgan5maio2009.pdf
Aulas de 11 e 13 de Maio não foram dadas devido às festas académicas.

Aula de 18 de Maio - estudo de casos baseado na análise estratégica (do livro de Phillipe Bernoux, Sociologia das Organizações, Porto, RES Editora, 1989).

Texto de apoio:

http://neves.paginas.sapo.pt/OrgTrab08_09/AulaCasoBoletn3OrgTrab18maio09NOVA.pdf

Aula de 19 de Maio - estudo de casos baseado na análise estratégica (do livro de Phillipe Bernoux, Sociologia das Organizações, Porto, RES Editora, 1989).

Texto de apoio: