segunda-feira, 23 de março de 2009

Aula nº 3 - 23 de Março

O estudo das minas de carvão da escola sócio-técnica - 23 de Março.

Ver aqui:

http://organizacoestrabalho.blogspot.com/2009/03/aula-n-3-23-de-marco.html

Universidade do Minho
Org. Trabalho 1º ano soc
23 Março 2009
Tema: da metáfora mecanicista de Taylor aos grupos sócio-técnicos. A escola sócio-técnica e os grupos semi-autónomos


Bibliografia

RAVICHANDRAN, T., RAI, Arun. Quality Management in Systems Development: An Organizational System Perspective. MIS Quarterly, v. 24, n. 3. Minneapolis, MN, USA: Carlson School of Management, University of Minnesota, Sep 2000.
SHARMA, Ravi S., CONRATH, David W. Evaluating Expert Systems: The Sociotechnical Dimensions of Quality. Expert Systems, v. 9, n. 3, Aug 1992, pp. 125-137.
TRIST, Eric, MURRAY, Hugh. The Social Engagement of Social Science: The Socio-Technical Perspective. USA: University of Pennsylvania Press, 1993, 695 p.
WOOD JR., Thomaz. Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os Caminhos da Indústria em Busca do Tempo Perdido. Revista de Administração de Empresas (RAE), v. 32, n. 4. São Paulo, SP, Brasil: Set-Out 1992, pp. 6-18.

Aula teórica 2 -16 de Março de 2009

Organizações e Trabalho

Curso de Sociologia

Universidade do Minho
Aula teórica 2 -16 de Março de 2009



Sumário:

3.2. A visão organicista.
•a investigação de Hawthorne da equipa deElton Mayo: formação e desenvolvimentoda Escola das Relações Humanas.
b) o estudo das minas de carvão da escola
sócio-técnica (próxima aula: 23 de Março).

.
A empresa como um organismo: um
sistema humano de inter-acções e de
acções cooperativas (Fritz Roethlisberger
e William Dickson)

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1. Biografia de Elton Mayo
.
Georges Elton Mayo (Adelaide, 26 de dezembrode 1880 — Polesden Lacey, Reino Unido, 7 de
setembro de 1949) foi um sociólogo
australiano, um dos fundadores e
principais expoentes da sociologiaindustrial norte-americana

.
Formou-se em Medicina na Universidade
de Adelaide, trabalhou em África e leccionou na
Universidade de Queensland. Ainda na Austrália,

estuda as sociedades aborígenes, que

o tornam sensível às múltiplas
dimensões da natureza humana.
.
Durante a Primeira Guerra Mundial, trabalha na

análise psicológica de soldados em

ASO
4

estado de choque.


.
Em 1923, parte para os Estados Unidos,
leccionando nas Universidades da Pensilvânia e
Harvard.

.
Inicia então pesquisas financiadas
sobre as relações humanas nas
fábricas. As pesquisas de Hawthorne, porsi desenvolvidas, no momento em quecomeçava a notar-se o lado desumano
da produção em massa, consistiram
numa série de experiências e diálogosnão directivos, levados a cabo entre
1927 e 1931, junto dos operários dasfábricas Hawthorne Western Electric
(arredores de Chicago).


.
O objectivo era explorar asligações entre a moral dos
trabalhadores e o resultado
final da produção.

.
Estas pesquisas demonstraram
que a produtividade e/ou osmotivos de insatisfação dos
trabalhadores dependemmenos das condições
materiais de trabalho do que
das relações sociais nas
fábricas.


.
A partir destas constatações,
Mayo elabora a sua Teoria dasRelações Humanas, onde opõe a
organização formal àorganização informal.

.
A primeira é dominada pela
lógica da eficiência, prescreveregras e reparte tarefas;a
segunda é constituída por
relações interpessoais defacto e corresponde à lógicados sentimentos.


.
A melhoria da eficácia dos
trabalhadores exige que setome em consideração as
relações humanas informais.

.
A sua principal obra, datada de1933, é The Human Problems of
an Industrial Civilization.

.
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Elton_Mayo"


2. Descrição da Experiência deHawthorne
.
Em 1927, foi iniciada uma experiência
numa fábrica da Western Electric
Company, situada em Chicago, no bairro
de Hawthorne, cujo objectivo era
determinar a relação entre a
intensidade da iluminação e a
eficiência dos operários, medida
através da produção. A Western Electric
fabricava equipamentos e componentes
telefónicos.

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.
Essa experiência foi organizada por
Elton Mayo, acabando por analisar
também a fadiga, os acidentes no
trabalho, a rotação do pessoal e o
efeito das condições físicas de
trabalho sobre a produtividade dos
operários.

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.
Primeira fase da experiência
(1924-1927).

.
Esta primeira experiência tinha como
objectivo conhecer o efeito das
mudanças da luminosidade na
produtividade do operário.

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.
Para a observação, foram escolhidos
dois grupos de operários que
executavam o mesmo trabalho, em que

o grupo experimental ficou sujeito a
variações de intensidade da luz
durante o trabalho e o grupo de
referência trabalhou sob intensidade
constante.

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.
Porém, a relação directa entre as
variáveis não foi verificada, pois havia
outras de índole psicológica que não
podiam ser afastadas.

.
Os trabalhadores reagiam de acordo com as
suas suposições pessoais, comprovando-se


a preponderância do factor psicológico
sobre o factor fisiológico: a relação entre
condições físicas e a eficiência dos
operários pode ser afectada por condições
psicológicas.

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.
No entanto, resolveram encaminhar o
seu estudo para a verificação da
fadiga no trabalho, a mudança de
horários, a entrada de intervalos de
descanso, imaginando isolar, ainda
mais, o factor psicológico.

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.
Segunda fase experiência

(1927-1928)
.
Nesta fase, pretendia-se determinar o

efeito de certas mudanças nas
condições de trabalho (períodos de
descanso, lanches, redução no horário
de trabalho, etc.)

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.
Por isso, foram seleccionadas e
convidadas seis raparigas para o
grupo experimental, que passou a
trabalhar na sala de provas de montagemde “relés”, onde as condições eram
idênticas aos do grupo de controlo, queservia como objecto de comparação.

.
Cinco trabalhadoras montavam os relés,
enquanto a sexta fornecia as peçasnecessárias para manter o trabalhocontínuo.

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.
O grupo experimental tinha um supervisor
comum, mas tinha também um
observador que observava, ordenava e
assegurava o espírito de cooperação das
trabalhadoras.

.
O grupo foi informado e completamente
esclarecido quanto aos objectivos da
mesma, assim como a respeito dos
resultados, e as alterações eram efectuadas
com o seu consentimento. (Chiavenato,
1977: 148-149)

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.
A pesquisa com o grupo Experimental foi
dividida em 12 períodos, para se observar
sua produção.

.
1º Período: Durou duas semanas: Foi
estabelecida a capacidade produtiva em
condições normais de trabalho (2400
unidades semanais por forças) que
passou a ser comparada com a dos
demais períodos.


.
2º Período: Durou cinco semanas: O
grupo Experimental foi isolado na
sala de provas, mantendo-se as
condições e o horário de trabalho
normais e medindo-se o ritmo de
produção. Serviu para verificar o
efeito da mudança do local de
trabalho.


.
3º Período: Modificou-se o sistema de
pagamento. No grupo de controle, havia o
pagamento por tarefas em grupo. Os
grupos eram numerosos -compostos por
mais de cem moças -as variações de
produção de cada moça eram diluídas na
produção e não se reflectiam no salário
individual. Separou-se o pagamento do
grupo Experimental, e como ele era
pequeno, os esforços individuais
repercutiam directamente no salário.
Esse período durou oito semanas,
verificando-se um aumento de produção.


.
4 Período: Marca o início da introdução de
mudanças no trabalho: um intervalo de
cinco minutos de descanso no período
da manhã e outro igual no período da
tarde. Verificou-se novo aumento de
produtividade.

.
5 Período: Os intervalos de descanso
foram aumentados para dez minutos
cada, verificando-se novo aumento de
produção.


.
6 Período: Introduziu-se três intervalos de
cinco minutos na manhã e três intervalos
a tarde. A produção não aumentou,
havendo queixas das moças quanto a
quebra do ritmo de trabalho.

.
7 Período: Voltou-se a dois intervalos de
dez minutos, em cada período, servindo-
se um lanche leve. A produção aumentou
novamente.


.
8 Período: Mesmas condições do
período anterior, e o grupo
Experimental passou a trabalhar até
as 16:30 hs e não até as 17:00 hs,
como o grupo de Controle. Houve
acentuado aumento da produção.


.
9 Período: O grupo Experimental
passou a trabalhar até as 16:00 hs.
A produção permaneceu
estacionada.

.
10 Período: O grupo Experimental
voltou a trabalhar até as 17:00 hs,
como no 7 período. A produção
aumentou bastante.


.
11 Período: Estabeleceu-se a
semana de cinco dias, com sábado
livre. A produção diária do grupo
Experimental continuou a subir.


.
12º Período: Voltou-se as mesmas
condições do 3º período, tirando-se
todos os benefícios dados, com o
assentimento das moças. esse
período, último e decisivo, durou
doze semanas. Inesperadamente, a
produção atingiu um índice jamais
alcançado anteriormente (3000
unidades semanais por moça).


.
As condições físicas de trabalho foram
iguais nos 7º, 10º e 12º períodos.
Contudo, a produção aumentou
seguidamente de um período para outro.
No 11º período, um ano após o inicio da
experiência, os pesquisadores perceberam
que os resultados não eram os esperados.


.
“Apesar de não se poder inferir, pelos
resultados da pesquisa, de que não houve
nenhuma relação entre a produção e as
condições físicas, o certo é que as variações
efectuadas na sala de provas não
chegaram a afectar o ritmo de trabalho
das moças.” (Chiavenato, 1977:150) Pelo
menos, de uma forma decisiva. Havia um
factor mais importante.

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As conclusões retiradas desta experiência foram as
seguintes:

.
As trabalhadoras gostavam de trabalhar na
sala de provas, porque era divertido e a
supervisão era branda (ao contrário da
supervisão de controlo rígido na sala de
montagem) permitindo-lhes trabalhar mais
livremente;

.
o ambiente era amistoso e sem pressões
permitindo conversar e aumentando a satisfação
no trabalho;

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.
não havia temor ao supervisor, além de
que sentiam que faziam parte de uma
experiência interessante e com benefícios
para elas e para os seus colegas;

.
houve desenvolvimento social do grupo,
as amizades estendiam-se para fora do
trabalho existindo, igualmente,
preocupação umas com as outras; o grupo
desenvolveu liderança e objectivos
comuns.

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.
Terceira fase da experiência
(1928-1931)

.
Com base nas diferenças de atitude,
sentidas na experiência anterior, entre o
grupo de teste e o de controlo, os
pesquisadores procederam à elaboração de
entrevistas aos trabalhadores,
afastando-se do seu objectivo inicial: as
condições físicas de trabalho.

.
Passaram a centrar-se nas relações
humanas.

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.
Um facto realçado era que as
trabalhadoras achavam humilhante a
supervisão constrangedora.

.
De modo que o programa das entrevistas
tinha como finalidade obter mais
conhecimento sobre as atitudes,
sentimentos e opiniões dos
trabalhadores quanto ao seu trabalho e
ao tratamento que recebiam, bem
como ouvir sugestõesa respeito da
formação dos supervisores.

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.
O programa foi muito bem recebido
por todos, e os resultados foram
tão animadores que foi criada a
Divisão de Pesquisa Industriais, no
intuito de ampliar o programa de
entrevistas com os funcionários.

.
Embora a empresa tivesse mais de


40.000 empregados, ainda foram
entrevistados cerca de 21.126.

.
Esta análise revelou um comportamento
proveniente do agrupamento informal
dos operários:

.
os operários controlavam aquilo que
produziam mantendo um padrão
que não deviam ultrapassar;

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.
havia punições informais para os
que passavam aqueles padrões;


.
liderança informal por certos
operários que asseguravam o
cumprimento das regras de conduta;

.


contentamentos e
descontentamentos exagerados

relativamente às atitudes dos
supervisores para com os
trabalhadores.


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.
Estava-se perante, uma evidente
organização informal, a que os
operários mantinham fidelidade para se
proteger da companhia. Assim, os
investigadores aperceberam-se de uma
certa inquietação, atribuindo a uma
possível lealdade dividida entre o
grupo e a companhia. (Chiavenato,
1977: 150-151)

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.
Quarta fase da experiência (1931-1932)

.
Esta fase foi levada a cabo na sala de
observações de Montagem de terminais, em
que se escolheu um grupo de homens (nove
operadores, nove soldadores e dois
inspectores) com o fim de analisar a
organização informal dos empregados.

.
Os salários eram baseados na produção de grupo
(com um salário mínimo), em que apenas
aumentavam se a produção evoluísse.

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.
O observador rapidamente se apercebeu de uma
porção de artimanhas: logo que os operários
montavam o que julgavam ser a sua
produção normal, abrandavam o ritmo de
trabalho. Os trabalhadores passaram a mostrar
uniformidade de sentimentos e
solidariedade grupal, usando punições
simbólicas sempre que algum se
distanciasse dos padrões estabelecidos por
estes.

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.
A experiência foi suspensa em 1932,
por motivos não vinculados ao seu
desenvolvimento. Entretanto os seus
resultados vieram abalar,
significativamente, os princípios da
teoria organizacional. (Chiavenato,
1977: 151-152)

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Principais conclusões

.
1. O homem é motivado, não apenas
por estímulos económicos e
salariais, mas essencialmente por
recompensas sociais, simbólicas e
não materiais. (Chiavenato, 1977:
162)

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.
É a capacidade social do trabalhador que
determina o seu nível de competência e
eficiência e não sua capacidade de executar
movimentos eficientes dentro do tempo
estabelecido.

.
Quanto maior a integração social no grupo
de trabalho, tanto maior a disposição de
produzir.

.
Se o empregado apresenta excelentes
condições físicas e fisiológicas para o
trabalho e não estiver socialmente
integrado, sua eficiência sofrerá a influência
de seu desajuste social.


.
2. Os trabalhadores não reagem
isoladamente, mas como membros
de um grupo social. O comportamento
do indivíduo apoia-se totalmente no
grupo.

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.
Isso significa que a administração não pode tratar os
empregados, um a um, como se fossem átomos
isolados.

.
Precisa sim tratá-los como membros de grupo e
sujeito a influências sociais desse grupos.

.
Os trabalhadores não reagem a administração, as
suas decisões, normas, recompensas e punições
como indivíduos isolados, mas como membros de
grupos sociais e cujas atitudes são influenciadas porcódigos de conduta grupais. É a teoria do controle
social sobre o comportamentos individual.

.
A amizade e o agrupamento social dos trabalhadores
devem ser considerados aspectos relevantes para a
Administração.


.
3. A importância das Recompensas e
Sanções Sociais

.
O comportamento dos trabalhadores está
condicionado a normas e padrões sociais.
Os operários que produziram acima ou
abaixo da norma socialmente
determinada perderam o respeito e a
consideração dos colegas. Os operários
preferiram produzir menos, e ganhar
menos, a por em risco as suas relações
amistosas com os colegas.


.
Cada grupo social tem crenças e
expectativas com relação a
Administração. Essas crenças e
expectativas influem nas atitudes e nas
normas de comportamento que o grupo
define como aceitáveis. As pessoas são
avaliadas pelo grupo em relação a essas
normas e padrões de comportamento:
são bons colegas se seu comportamento
se ajusta as suas normas e padrões de
comportamento ou são péssimos colegas
se o comportamento se afasta delas.


.
Os precursores da Administração
Científica, baseados no conceito do
homo economicus, pelo qual o
homem é motivado e incentivado
por estímulos salariais, elaboravam
planos de incentivo salarial, para
elevar a eficiência e baixar os
custos operacionais.


.
Para a Teoria das Relações Humanas, a
motivação económica é secundária na
determinação do rendimento do trabalho.
Para ela as pessoas são motivadas pela
necessidade de "reconhecimento", de
"aprovação social", e "participação" nas
actividades dos grupos sociais nos quais
convivem. Daí o conceito de homem
social.


.
4. Desta maneira, delineou-se o conceito
de organização informal, em que os
grupos informais constituem a
organização humana da empresa muitas
vezes em contraposição à organização
formal estabelecida pela direcção.
(Chiavenato, 1977: 154)

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.
A empresa passou a ser visualizada como uma
organização social composta de grupos sociais
informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a
organização formal da empresa, ou seja, com os
propósitos definidos pela empresa.

.
Os grupos informais constituem a organização humana
da empresa, muitas vezes em contraposição a
organização formal estabelecida pela direção.

.
Os grupos informais definem suas regras de
comportamento, formas de recompensas ou sanções
sociais, objetivos, escalas de valores sociais, crenças e
expectativas que cada participante vai assimilando e
integrando em suas atitudes e comportamento.


.
.
5. A importância das Relações Humanas
No local de trabalho, as pessoas participam de
grupos sociais dentro da organização e mentem-
se em uma constante interacção social.

.
Para explicar o comportamento humano nas
organizações, a Teoria das Relações Humanas
passou a estudar essa interacção social.

.
As relações humanas são as acções e atitudes
desenvolvidas a partir dos contactos entre
pessoas e grupos.

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50



.
Cada pessoa possui uma
personalidade própria e diferenciada
que influi no comportamento e
atitude das outras com quem mantém
contacto e é, por outro lado,
igualmente influenciada pelas outras.

.
As pessoas procuram ajustar-se as
demais pessoas e grupos: querem ser
compreendidas, aceitas e participar,
no intuito de atender a seus
interesses e aspirações pessoais.


.
O comportamento humano é
influenciado pelas atitudes e normas
informais existentes nos grupos dos
quais participa. É dentro da
organização que surgem as
oportunidades de relações humanas,
devido ao grande número de grupos e
interações resultantes.


.
6. Importância do conteúdo do cargo

.
A especialização não é a maneira mais
eficiente de divisão de trabalho.

.
Embora não tenha se preocupado com
este aspecto, Mayo e seus colaboradores
verificaram que a especialização proposta
pela Teoria Clássica não cria a
organização mais eficiente.


.
Observaram que os operários trocavam
de posição para variar e evitar a
monotonia, contrariando a política da
empresa.

.
Essas trocas provocam efeitos negativos
na produção, mas elevaram o moral do
grupo.

.
O conteúdo e a natureza do trabalho tem
influência sobre o moral do trabalhador.

.
Trabalhos simples e repetitivos tornam-se
monótonos e maçantes afectando
negativamente a atitude do trabalhador e
reduzindo a sua satisfação e eficiência.


.
7. Ênfase nos aspectos emocionais

.
Os elementos emocionais não planeados e
irracionais do comportamento humano
merecem atenção especial da Teoria das
Relações Humanas. Daí a denominação de
sociólogos da organização aos autores das
relações humanas.


.
Além da organização técnica e
humana, encontramos um outro
sistema de tipo ideológico:
sentimentos, ideias e crenças.


.
Tal como foi averiguado por
Roethlisberger e Dickson, uma
“organização industrial é mais do que
uma multiplicidade de indivíduos
agindo apenas em relação aos seus
interesses económicos.

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.
Esses indivíduos têm também afectos e
sentimentos, uns em relação aos outros e,
em suas relações diárias, tendem a
estabelecer padrões de interacção.A
maioria dos indivíduos que vivem sob esses
padrões tendem a aceitá-los como
verdades imprescindíveis e óbvias, reagindo
de acordo com o que elas
determinam.” (Roethlisberger e Dickson,
1971, [citado em Chiavenato, 1977:154])

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.
8. O papel decisivo da supervisão

.
Tal como foi visto por Mayo e sua
equipe, uma supervisão mais
empática, democrática e persuasiva,
tem efeitos positivos na satisfação dos
operários e no rendimento destes
(Bernoux, 2005: 70-72) .

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.
Síntese final

.
De um modo geral, a teoria das relaçõeshumanas verificou que os empregados tendem a
desenvolver as suas capacidades: quando se
sentem seguros e confiantes relativamente a
outras pessoas, sobretudo os seus superiores;
quando possuem uma maior liberdade para
expressar os seus pontos de vista e
sugestões, participando na tomada de decisões;
quando são reconhecidos pelo seu esforço ededicação criando sentimentos de pertença à
organização.

ASO
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.
Limites

.
Continuou a colocar o lógico na direcção e a
considerar não lógica a reacção operária

.
Não foi desenvolvida a questão da relação entre
factores técnicos e sociais. Como diz Bernoux,
“esta questão não foi explorada” (2005: 74).

.
Esqueceram, mais tarde, a importância do
grupo.

.
Não teve em conta o meio social e as
questões sindicais. Esqueceu a situação de
dependência das jovens operárias em relação à
equipa de gestão (Bernoux, 2005: 75)

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.
A teoria de Elton Mayo sobre a
civilização industrial capítulo baseado na

obra de Mayo:The Social problems of an Industrial

Civilization, Harvard, Harvard Univ. Press, 1945.

.
Ver aqui artigo: http://www.rae.com.br/artigos/2565.pdf

.
Baseia-se em dois conceitos:

.
-a importância da solidariedade: a
passagem da mecânica à orgânica
(Durkheim); e a importância da
acções não lógicas (Pareto).


.
A Civilização Industrial e o Homem

.
A Teoria das Relações Humanas mostra o
esmagamento do homem pelo
impetuoso desenvolvimento da civilização
industrializada.

.
Elton Mayo, o fundador do movimento
dedicou três livros aos problemas
humanos, sociais e políticos
decorrentes da civilização baseada na
industrialização e na tecnologia.


.
Enquanto a eficiência material aumentou
vigorosamente nos últimos 200 anos, a
capacidade humana para o trabalho
colectivo não manteve esse ritmo de
desenvolvimento.

.
Com base nos sociólogos Pareto, Le Play e
Durkheim, cujas observações nas
comunidades mais simples demonstraram
que o progresso industrial provocou
um desgaste no sentimento
espontâneo de cooperação, Mayo
afirma que a cooperação não pode ser
encontrada pelo simples retorno as
formas tradicionais de organização.


.
Deve haver uma nova concepção das
relações humanas no trabalho.A
colaboração na sociedade industrializada
não pode ser entregue ao acaso,
enquanto se cuida apenas dos aspectos
materiais e tecnológicos do progresso
humano. Os métodos de trabalho visam a
eficiência e não a cooperação. A
cooperação humana não é o resultado das
determinações legais ou da lógica
organizacional. Mayo defende os
seguintes pontos de vista.


.
O trabalho é uma actividade
tipicamente grupal. A conclusão é
a de que o nível de produção é
influenciado mais pelas normas do
grupo do que pelos incentivos
salariais e materiais de produção. A
atitude do empregado diante do
trabalho e a natureza do grupo
social da qual ele participa são os
factores decisivos da produtividade.


.
O operário não reage como
indivíduo isolado, mas como
membro de um grupo social. As
mudanças tecnológicas tendem a
romper os laços informais de
camaradagem e de amizade dentro
do trabalho e a privar o operário do
espírito gregário.


.
A tarefa básica da Administração é
formar uma elite capaz de
compreender e de comunicar. Com
chefes democráticos, persuasivos, e
simpáticos a todo o pessoal. Em vez de se
tentar fazer os empregados
compreenderem a lógica da administração
da empresa, a nova elite de
administradores deve perceber as
limitações dessa lógica e entender a
lógica dos trabalhadores.


.
Para Mayo, "já passamos do
estágio da organização humana
em que a comunicação e a
colaboração eram asseguradas
pelas rotinas estabelecidas.A
sociedade civilizada alterou seus
postulados".


.
Passamos de uma sociedade estável
para uma sociedade adaptável , mas
negligenciamos a habilidade social.
Nossa capacidade de colaborar com os
outros está se deteriorando. "Somos
tecnicamente competentes como
nenhuma outra idade na História foi, e
combinamos isto com uma total
incompetência social". É necessária a
formação de uma elite social capaz de
recuperar a cooperação.


.
O ser humano é motivado pela
necessidade de "estar junto", de "ser
reconhecido". De receber adequada
comunicação. Mayo se contrapõem a
afirmação de Taylor de que a motivação
básica do empregado era salarial (homo
economicus), a fim de usufruir uma
remuneração mais elevada.

.
Para Mayo, a organização eficiente, por si
só, não leva a maior produção, pois ela é
incapaz de elevar a produtividade se as
necessidades psicológicas do trabalhador
não forem descobertas, localizadas e
satisfeitas.


.
A Civilização industrializada traz como
conseqüência a desintegração dos grupos: Grupos
primários da sociedade , como a família, os
grupos informais e a religião, enquanto a fábrica
surgirá como uma nova unidade social que
proporcionará um novo lar, um local de
compreensão e de segurança emocional para os
indivíduos. Dentro dessa visão romântica, o
operário encontrará na fábrica uma administração
compreensiva e paternal, capaz de satisfazer suas
necessidades psicológicas e sociais.


.
Já que os métodos convergem para a
eficiência e não para a cooperação
humana, e muito menos para objectivos
humanos, há um conflito social na
sociedade industrial:a
incompatibilidade entre os objectivos
organizacionais da empresa e os
objectivos individuais dos empregados.
Ambos nunca se deram muito bem,
principalmente quando a preocupação
exclusiva com a eficiência sufoca o
trabalhador.


.
O conflito social deve ser evitado a
todo custo por meio de uma
administração humanizada que faça
um tratamento preventivo e
profilático. As relações humanas e a
cooperação constituem a chave para
evitar o conflito social. Mayo não vê a
possibilidade de solução construtiva e
positiva do conflito social. Para ele, o
conflito social é o germe de destruição da
própria sociedade. "O conflito é uma
chaga social, a cooperação é o bem-
estar social".


Bibliografia principal


.
BERNOUX, Philippe (1985), La sociologie des
organisations, Paris, Éditions du Seuil,.

.
CHIAVENATO, Idalberto (1977), Introdução à teoria geral
da administração, São Paulo, Editora McGRAW-HILL do
Brasil.

.
Mayo, Elton (1945) The Social problems of an
Industrial Civilization, Harvard, Harvard Univ. Press.
.
Ver aqui artigo sobre Elton Mayo:

http://www.rae.com.br/artigos/2565.pdf

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aula nº 1 - 9 de Março de 2009 Textos

Ver aqui:

http://neves.paginas.sapo.pt/AulaOrgTrabN1_Taylorismo_9Mar09NOVA.pdf

Programa da Disciplina e formas de avaliação - 2008/09

Programa da Disciplina e formas de avaliação

Ano lectivo de 2008/09
Unidade Curricular: Organizações e Trabalho
Regime: Semestral (1º ano, 2º Semestre)
Estatuto: opcional
Docente Responsável:
José Pinheiro Neves - Instituto de Ciências Sociais/Departamento de Sociologia
E-mail: jpneves2007@gmail.com
Página da Internet do docente: http://paginas.neves.sapo.pt/
Blogue da disciplina: http://organizacoestrabalho.blogspot.com/

Programa:

1. O objecto de estudo e metodologias na Sociologia do Trabalho e na Sociologia das
Organizações: semelhanças e diferenças.
2. Trabalho e organização; uma visão histórica. O desenvolvimento histórico das organizações a partir do estudo de Alain Touraine; do artesanato às primeiras empresas modernas; o surgimento da empresa capitalista e do Estado Moderno
3. As principais teorias da sociologia das organizações e do trabalho - os estudos
paradigmáticos
3.1. A visão mecanicista: o estudo dos tempos de trabalho por Taylor;
3.2. A visão organicista: a investigação de Hawthorne da equipa de Elton Mayo; o estudo das
minas de carvão da escola sócio-técnica;
3.3. A visão centrada nas questões do ambiente organizacional;
3.4. A visão centrada nas questões do Poder: o estudo do fenómeno burocrático em França por
Michel Crozier;
3.5. A questão cultural nas organizações: as subculturas organizacionais (Sainsaulieu); o
trabalho de Karl Weick: a cultura organizacional como metáfora fundamental.
4. Temas actuais na sociologia das organizações e do trabalho
4.1. Responsabilidade social e cidadania nas organizações (Aula Prof. Manuel da Silva e Costa)
4.2. A sociologia do trabalho frente à qualificação e à competência. As questões da qualidade (Prof. Ivo Domingues)
4.3. Flexibilidade, precariedade e novas formas de emprego (Prof. Ana Duarte)
4.4. As “novas tecnologias” e a cibersociedade (Prof. José P. Neves)

Pré-requisitos: Não tem.

Resultados de Aprendizagem:
1. Obter uma sólida formação nas principais correntes teóricas neste domínio;
2. Dominar os principais conceitos e problemáticas no campo da sociologia das organizações e do trabalho;
3. Identificar limites e potencialidades de análise de fenómenos da sociologia das organizações e do trabalho;
4. Debate e troca de experiências e conhecimentos a partir de situações concretas.
Carga Horária: 140 horas (total)

Métodos de Ensino: Aulas teórico-práticas e realização de trabalhos práticos

Métodos de Avaliação: Periódica.
Os alunos serão avaliados através do sistema da avaliação periódica. O regime de avaliação far-se-á pelos seguintes elementos de avaliação: um teste com consulta e um trabalho prático (e-portfolio).
Contudo, num calendário a entregar aos alunos, o docente avaliará a progressão do trabalho solicitando a entrega faseada de partes do trabalho prático. A aprovação implica uma classificação igual ou superior a dez valores. Os alunos
deverão ter um registo de presenças igual ou superior a 2/3 das aulas ministradas. O controlo da presença às aulas será feito pelo docente.
O trabalho prático consiste na criação de um e-portfolio sobre uma temática do programa com resumos de textos fundamentais por grupos com um máximo de 5 elementos, em moldes a definir no 2º semestre no blog da disciplina.
Ponderação: Teste - 70%. Trabalho prático em grupo - 30%.
Os alunos que tiverem mais de 1/3 de faltas terão um exame sem consulta a efectuar apenas na época de recurso.

Língua de Instrução: Português

Créditos ECTS: 5

Bibliografia essencial

BERNOUX, Philippe, La sociologie des organisations, Paris, Éditions du Seuil, 1985 [Trad. Portuguesa :
BERNOUX, Philippe, A Sociologia das Organizações, Porto, Rés, (s/data)].
DUBAR, Claude, “A sociologia do trabalho frente à qualificação e à competência. Educação e
Sociedade, v. 19, n. 64, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73301998000300004&lng=pt&nrm=iso , Acesso em: 12 Fevereiro de 2007.
FAYOL, Henry, Administração Industrial e Geral, São Paulo, Atlas, 1976.
FREIRE, João, Sociologia do Trabalho: uma introdução, Porto, Afrontamento, 1993.
FREITAS, Maria Ester, Cultura organizacional. Formação, tipologias e impactos, S. Paulo, Makron e McGraw-
Hill, 1991.
HOMANS, George C., “As pesquisas na Western Electric”, in BALCÃO, Yolanda e CORDEIRO, Laerte Leite, O comportamento humano na empresa: uma antologia, Rio de Janeiro, FGV, 1967. MORGAN, Gareth, Imagens da organização, São Paulo, Atlas, 1996. [ver aqui um resumo: http://www.slideshare.net/ALevy/imagens-da-organizao-de-gareth-morgan ]
TAYLOR, Frederick Winslow., Princípios de Administração Científica, São Paulo, Atlas, 1976.
TOURAINE, Alain, L'évolution du travail ouvier aux usines Renault, Paris, Ed. du CNRS, 1955.
WEBER, Max, "Os três Aspectos de Autoridades Legítimas”, in ETZIONI, Amitai, Organizações Complexas,
São Paulo, Atlas, 1971.
Bibliografia importante
ALSENE, Éric, "Les impacts de la technologie sur l'organisation", in Sociologie du Travail, n° 3, 1990, p. 321-337.
BURRELL, Gibson; e MORGAN, Gareth, Sociological Paradigms and Organisational Analysis, Hants, Gower, 1979.
CHANLAT, J.-F., "L'analyse sociologique des organisations: un regard sur la production anglo-saxonne contemporaine
(1970-1988)", in Sociologie du Travail, n°31, 1979, pp. 38-40.
CHANLAT, Jean François; e SÉGUIN, Francine, "Introduction", in Jean François Chanlat e Francine Séguin (Eds.),
L'analyse des organisations. Une anthologie sociologique. Tomo II., Montréal, Gaetan Morin, 1985.
CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à teoria geral da administração, São Paulo, Mc GrawHill do Brasil, 1977.
CLEGG, Stewart R., As Organizações Modernas, Oeiras, Ed. Celta, 1998.
COSTA, Manuel da Silva e, “O reencantamento da organização: a organização participativa e a mudança de paradigma
científico”, in Sociedade e Cultura 3, Cadernos do Noroeste, Série Sociologia, Vol. 16 (1-2), 2001, pp. 9-20.
COSTA, Manuel da Silva e, Organização do trabalho e participação. Lição de síntese, Braga, Instituto de Ciências Sociais,
1994, Universidade do Minho.
COSTA, Manuel da Silva e; NEVES, José Pinheiro, “Novas tecnologias e organizações administrativas: um estudo
empírico”, in Dinâmicas multiculturais, novas faces, outros olhares [Actas das sessões temáticas do III Congresso Luso-Afro-
Brasileiro de Ciências Sociais. Lisboa, Julho de 1994], Lisboa, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 1994, pp.
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CROZIER, Michel, La société bloquée, Paris, Editions du Seuil, l970.
CROZIER, Michel, Le phénomène bureaucratique. Essai sur les tendances bureaucratique des systèmes d'organisation
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CROZIER, Michel; e FRIEDBERG, Erhard, L'acteur et le système. Les contraintes de l'action collective, Paris, Éditions du
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DE COSTER, M., Sociologie du travail et gestion des ressources humaines, Bruxelles, Ed. Lahor, 1993.
DOMINGUES, Ivo, Gestão de Qualidade nas Organizações Industriais. Procedimentos, Práticas e Paradoxos, Oeiras,
Celta, 2003.
ETZIONI, Amitai, Organizações Modernas, São Paulo Pioneira, 1973.
FOUCAULT, Michel, "Deux essais sur le sujet et le pouvoir", in Hubert Dreyfus e Paul Rabinow, Michel Foucault. Un
parcours philosophique, Paris, Gallimard, 1984, pp. 297-321 [Tradução portuguesa: “O sujeito e o poder” in Sociedade e cultura 1,
Cadernos do Noroeste, Série Sociologia, Vol. 13 (1), 2000, pp. 349-370]. Há uma tradução parcial em português em:
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FRIEDMANN, G., Le travail en miettes, Paris, Gallimard, 1964.
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HASSARD, John, "Postmodernism and organizational analysis: an overview", in John Hassard e Martin Parker,
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Neves: "Pós-modernismo e análise organizacional", in Cadernos do Noroeste, Vol. 8 (1), 1995, pp.187-222 Ver em:
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SAINSAULIEU, Renaud, L'identité au travail. Les effets culturels de l'organisation, Paris, Presses de la Fondation
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SMIRCICH, Linda, "Concepts of culture and organizational analysis", in Administrative Science Quarterly, n° 28, 1983, pp.
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THOMPSON, Victor A., Moderna Organização, Rio de Janeiro, Freitas Cast, 1967.
TOMASI, Antônio de Pádua Nunes (2002), “Qualificação ou competência?”, in Revista Educação & Tecnologia, Vol. 7 Nº
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TRIPIER, P., Du travail à l'emploi. Paradigmes, idéologies, interactions, Éditions de l'Université de Bruxelles, 1991.
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WEBER, Max, "Os três Aspectos de Autoridades Legítimas”, in ETZIONI, Amitai, Organizações Complexas, São Paulo,
Atlas, 1971.
WEBER, Max, Economia y Sociedad, 2ª Ed., México, Fondo de Cultura Económica, 1964.
WOODWARD, Joan, Industrial Organization Theory and Practise, Londres, Oxford University Press, 1965.
ZARIFIAN, P. "L'émergence du modèle de la compétence", in Stankiewicz, F., Les stratégies d'entreprise face aux
ressources humaines, Paris, Economica, 1988, pp. 77-82.
Principais revistas portuguesas
Análise Social, Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa;
Cadernos de Ciências Sociais, Editora Afrontamento, Porto;
Configurações, CICS, Universidade do Minho
Economia e Sociologia, Universidade de Évora, Évora;
Revista Crítica de Ciências Sociais, Revista do Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia,
Universidade de Coimbra, Coimbra;
Sociologia: Problemas e Práticas, Centro de Investigações e Estudos Sociológicos, I.S.C.T.E., Lisboa;
Organizações e Trabalho, Revista da Associação Portuguesa de Profissionais em Sociologia Industrial, das
Organizações e do Trabalho, Lisboa [http://www.apsiot.pt ]
Sites
Associação Internacional de Sociologia – http://www.ucm.es/info/isa/
Associação Portuguesa dos Profissionais em Sociologia Industrial, das Organizações e do Trabalho –
http://www.apsiot.pt
Associação Portuguesa de Sociologia – http://www.aps.pt
Associação Ibero-Americana de Sociologia das Organizações – http://www.aiso.es/ e
http://es.groups.yahoo.com/group/a_i_s_o/
Rede “Actor-Network Theory” do Yahoo: http://groups.yahoo.com/group/actor-network-theory/
Rede “Sociología-Portugal” do Yahoo: http://groups.yahoo.com/group/sociologia-portugal/

quarta-feira, 11 de março de 2009

Instruções para criar o port-folio

Instruções para criar o portfolio do trabalho prático

Devem ir a esta página e fazer a vossa inscrição.

Apenas um dos membros do grupo deve criar o e-portfolio wiki.

Os outros deverão aderir ao grupo.

https://www.wikispaces.com/user/join?goto=/space/create

No caso de ter alguma dúvida, contactar o docente nas aulas práticas ou excepcionalmente através do endereço (não se esqueçam da vossa identificação: nome, número, disciplina e curso):

jpneves2007@gmail.com

Para verem as normas de citação e de resumo, consultar o livro de estilo da wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Livro_de_estilo

"A redação clara, informativa e imparcial é sempre mais importante do que a apresentação e a forma. Não se requer que os autores sigam todas ou alguma destas regras: a graça da edição wiki é que não se requer perfeição. Os wikipedistas que fazem copy-edit vão se encaminhar a este manual e gradualmente serão feitas páginas que se ajustam a este guia, ou este guia será mudado para o mesmo efeito" in Livro de estilo da Wikipedia


http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Livro_de_estilo/Como_escrever_um_bom_artigo

"Conceber, criar e desenvolver um bom artigo são actividades que trazem uma grande satisfação, especialmente se o artigo vier a considerado um dos melhores artigos da Wikipédia! Contudo, para que um artigo possa atingir um nível elevado é necessário muito trabalho.
O objectivo desta página é oferecer algumas ideias que podem ajudar a tornar mais fácil a escrita de um artigo de qualidade."

terça-feira, 10 de março de 2009

Trabalho prático

O trabalho consiste na criação de um e-portfolio e da sua apresentação nas aulas práticas em calendário a combinar (20 minutos por grupo).

Grupos com um número máximo de 5 elementos.

O prazo limite de entrega é o final do mês de Junho de 2009 em dia a combinar (30 de Junho 2009).

A ponderação para avaliação será de 30%.

Para criar o e-portfolio, podem utilizar este site:

http://www.wikispaces.com/

O e-portfolio permite o trabalho cooperativo em torno de um tema ou objectivo tal como acontece na Wikipedia. De certa forma, é uma Wikipedia em miniatura.

Vejam este exemplo de e-portfolio de uma turma de estudantes da Austrália:
https://australian-history.wikispaces.com/

Ver também um exemplo de um grupo do curso de sociologia realizado no blogspot.com :

http://sociedade-rede.blogspot.com/2008/01/as-ferramentas-da-web-20-nas-organizaes.html




Tema: Autores ou conceitos referidos no programa da disciplina

Por exemplo: Michel Crozier, Renaud Sainsaulieu, Gregory Bateson, Escola Palo Alto, Karl Weick, James R. Taylor, Bruno Latour, Michel Callon, Teoria do Actor-Rede, Teoria da estruturação, etc.

Cada elemento deverá resumir 3 pequenos textos ou sites (cada resumo é uma entrada) e com isso elaborar um e-portfolio em http://www.wikispaces.com/

Informaçoes sobre como fazer resumos:
http://sociologia-online.blogspot.com/2006/03/modelo-para-uma-recenso.html
Exemplo.
http://organizacoestrabalho.blogspot.com/2007/05/exemplo-de-um-trabalho-prtico-e.html

Noções práticas para a realização de trabalhos Ver este texto muito interessante de um Professor de Sociologia, António Borralho:

http://organizacoestrabalho.blogspot.com/2007/05/noes-prticas-para-realizao-de-trabalhos.html


Aulas teóricas e práticas:

Um dos livros essenciais é o de Philippe Bernoux: Sociologia das organizações, Porto, Res Ed. Ver o resumo da análise estratégica e os casos práticos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Aula nº 1 - 9 de Março de 2009

Na primeira parte:

1 - a apresentação da área da sociologia ligada às organizações e ao trabalho;

2 - contextualização das organizações empresariais: da organização corporativaà empresa moderna;

3 - F. W. Taylor e as suas teorias sobre a organização.



Filmes sobre Frederic W. Taylor e Henri Ford


Taylor e a Administração Científíca
http://br.youtube.com/watch?v=F6sGwgkneuU

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Filme - "Ford and Taylor in the 1920s

"In the 1920s, Ford Motor Co. was considered the leader in manufacturing technology and practices. Elements of Taylor's scientific management were combined with what economists now call "efficiency wages" (wages well above the general market).

1 parte

http://br.youtube.com/watch?v=PvbG9Sjp97o

2ª parte

http://br.youtube.com/watch?v=kFsBC0_Uglg

...............

Filme "Working at Ford in the 1920s

In the 1920s, Ford Motor Co. was considered the leader in manufacturing technology and practices. Elements of Taylor's scientific management were combined with what economists now call "efficiency wages" (wages well above the general market - the famous $5 day). In this video, workers and others of that era reflect on working at Ford. Some are positive; others not.

1ª parte

http://br.youtube.com/watch?v=QtYRLtT8bvY2ª partehttp://br.youtube.com/watch?v=1Re-yUnO-Hk
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O taylorismo e o fordismo: continua actualmente?

Filme - "Beat of the System"

This video explores Taylorism: it's origins and its relevance today.

http://br.youtube.com/watch?v=JgvYGi5J-Cg

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A visão crítica dos sociólogos

Video about mcdonaldizations - baseado no livro de G. Ritzer "Mcdonaldization of society"

http://br.youtube.com/watch?v=Fdy1AgO6Fp4